Série Sumba de Jake Paul White é um mergulho lento e honesto em um lugar onde o tempo se estende e as histórias esperam.
Sumba, na Indonésia, é uma terra de beleza bruta, onde colinas verdejantes se encontram com savanas douradas sob céus pintados com pores do sol ardentes. Para aqueles encantados pela cultura indonésia, esta ilha desperta um profundo desejo de viajar, um convite para explorar suas paisagens vibrantes e tradições ancestrais.
No início de 2025, o artista britânico Jake Paul White atendeu a esse chamado durante uma residência em Cap Karoso. Foi lá que ele criou a Série Sumba – uma coleção de pinturas que capturam o espírito da ilha por meio de pigmentos naturais e pinceladas intuitivas.
O trabalho de White é um convite para descobrir a contribuição única de Sumba para a diversidade do país.
O caminho de um andarilho para a arte
Jake Paul White, nascido em 1990 no Reino Unido, filho de mãe indiana e pai inglês, nasceu efetivamente no estilo de vida nômade. Sua infância, moldada por uma família militar, significou mudar-se por três países e frequentar seis escolas com apenas quinze anos.
Diagnosticado com dislexia aos dez anos, ele encontrou sua voz e expressão por meio da arte, onde a textura e a cor falavam quando as palavras não conseguiam.
Depois de estudar belas artes e gravura, a vida de White tomou rumos inesperados: praticando slackline pela Europa, ensinando ioga no mundo todo e fundando um estúdio criativo que fazia design para diversas marcas de bem-estar.
Entre os poucos sortudos, a pandemia o pegou em Bali, onde ele ainda mora.
Um aprendizado de seis meses em uma cerâmica balinesa reacendeu sua paixão pela pintura, introduzindo-o no ritmo tátil dos materiais naturais. A arte de White, colecionada globalmente, utiliza corantes como índigo, argila e chá para criar obras suaves e em camadas que parecem vivas.
Suas pinturas não exigem atenção – em vez disso, elas convidam a uma conexão silenciosa e sutil para aqueles que enxergam o verdadeiro propósito em seu trabalho.
Chamado de Sumba
De abril a maio de 2025, White passou uma residência artística de três semanas em Cap Karoso, em Sumba, cercado por suas paisagens e cultura.
“A residência influenciou profundamente meu trabalho e processo”, ele compartilha.
“Trabalhar com pigmentos e corantes naturais provenientes da ilha — como sirih (folha de bétele), pinang (noz de bétele) e kapur (calcário) — aprofundou minha sensibilidade à materialidade e à imprevisibilidade inerente aos elementos naturais.”
Isso deu origem à Série Sumba, uma coleção que entrelaça as cores vibrantes da natureza em cada tela.
White usou materiais locais como casca de mogno para tons de marrom-avermelhado, madeira de taramanu para amarelos e madeira de yay mall para vermelhos profundos — pigmentos ligados às tradições Sumbanesas e à medicina herbal.
Por meio de coloração, imersão e vazamento, ele deixou que os materiais o guiassem, criando pinturas que ecoam as colinas ondulantes e os rituais sagrados de Sumba.
A série explora mudança, cura e pertencimento, repercutindo em pessoas que sentem a atração da Indonésia.
Cada peça é um instantâneo da alma de Sumba, convidando os espectadores a passear por suas paisagens através de cores e texturas.
Pintando com a Natureza
Trabalhar com os pigmentos naturais da Sumba trouxe seus próprios desafios. A umidade e os métodos de preparação tornavam as cores imprevisíveis, exigindo experimentação constante. “Alcançar o equilíbrio certo entre saturação e translucidez exigiu paciência”, Diz White.
A aquisição respeitosa de materiais, honrando as tradições locais e a sustentabilidade, foi igualmente importante para sua abordagem. Esses desafios moldaram seu processo, ensinando-o a abraçar as nuances de cada material utilizado.
O resultado é uma série que parece orgânica, com uma influência óbvia do espírito da ilha nas obras finais.
A cultura de Sumba deixou uma profunda impressão. A harmonia do povo com sua terra e tradições – enraizada no profundo respeito pela natureza e pelos rituais – refletia a abordagem artística de White.
Essa conexão deu à Série Sumba um senso de lugar, tornando-a uma homenagem à profundidade cultural da Indonésia.
Para aqueles que amam a herança do arquipélago, essas pinturas são uma exploração e apreciação de sua diversidade.
A Série Sumba é uma homenagem ao Sumba e à Indonésia.
Seus vermelhos terrosos, amarelos vibrantes e verdes exuberantes capturam a beleza indomável da ilha, despertando a curiosidade de qualquer um que sonhe em explorar suas colinas e vilas. As pinturas de White convidam os amantes da arte a sentir o pulsar da cultura indonésia, desde suas paisagens vibrantes até seus rituais tranquilos.
Elas são um chamado para fazer as malas, percorrer os caminhos de Sumba e deixar suas cores permanecerem em sua mente.
O trabalho de White é um lembrete da magia do arquipélago.
Sua série Sumba mistura arte e desejo de viajar, oferecendo um vislumbre de uma ilha onde natureza e tradição se entrelaçam, como se olhasse através de uma lente para o passado.
Essas pinturas convidam você a explorar Sumba e muitas outras ilhas, muitas vezes esquecidas, do arquipélago indonésio.
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A Série Sumba é uma homenagem ao Sumba e à Indonésia.
Sobre o Artista
Com uma paleta e um processo em constante evolução, Jake gosta de experimentar novos materiais e técnicas, permitindo que a tela se torne um espaço de contemplação, presença e tensão poética.
Entre em contato com Jake
Instagram: jake_paul_white
E-MAIL olá@jakepaulwhite.com
Visite o site dele para mais informações
www.jakepaulwhite.com
O local
A residência artística foi realizada em Cap Karoso em Sumba.
O coração do Cap Karoso é sua fazenda biológica. Abrangendo três hectares de terra recuperada, a fazenda produz quase todas as frutas e vegetais que eles usam em seu restaurante e bar.
Instagram: cap_karoso
Visite o site deles para mais informações
capkaroso.com